quarta-feira, 1 de dezembro de 2021

COMO DESCOBRIR QUANTOS LIVROS ESPÍRITAS ESTÃO REGISTRADOS NA CAMERA BRASILEIRA DO LIVRO (CBL) COM ISBN

 

Endereço da Câmara Brasileira do Livro com a relação de mais de 6.000 obras espíritas.

Você coloca esse endereço:

 

https://www.cblservicos.org.br/isbn/pesquisa/?page=1&q=espirita&filtrar_por%5B0%5D=titulo&ord%5B0%5D=relevancia&dir%5B0%5D=asc



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6374 obras espiritas.


sábado, 27 de novembro de 2021

Mediunidade - 8 vídeos.



Composto por 8 vídeos- Com alberto Almeida e Sueli Caldas.

Curso de Aperfeiçoamento para o Evangelho

Com as gravações das duas primeiras aulas.

Falamos sobre a Prece cap. 27.


 

quarta-feira, 24 de novembro de 2021

segunda-feira, 22 de novembro de 2021

AFINAL A DOUTRINA DOS ESPÍRITOS É: Espiritismo ou Espiritismo Kardecista ou Espiritismo Cristão?

 

AFINAL A DOUTRINA DOS ESPÍRITOS É: Espiritismo ou Espiritismo Kardecista ou Espiritismo Cristão?

Será que o planejamento do plano espiritual se resumiria há cerca de dois séculos e, já teríamos condições de acrescentar muita coisa a Doutrina Espírita?


quarta-feira, 17 de novembro de 2021

CONSELHOS DE ANTÊNIO PARA ALCÍONE - DO LIVRO RENÚNCIA CAPÍTULO 1


DO LIVRO RENÚNCIA CAPÍTULO 1
Conselhos de Antênio quando sabe da proposta de Alcíone em voltar para Terra.


Já ponderaste nos obstáculos imensos? Lembra que o próprio Jesus, penetrando na região terrena, foi compelido a se aniquilar em sacrifícios pungentes. Recorda que as leis planetárias não afetam somente os espíritos em aprendizado ou reparação, mas, também, os missionários da mais elevada estirpe. Experimentarás, igualmente, o olvido transitório e, embora não tanto agravados em virtude das tuas conquistas, sentirás o mesmo desejo de compreensão e a mesma sede de afeto que palpitam nos outros mortais. Para esclarecimento desses problemas, minha querida, o Mestre deixou à comunidade dos discípulos profundos ensinamentos no Evangelho. O mundo, representado por maus sacerdotes e falsos doutores, buscou tentar o próprio  Jesus. Já meditaste na tua aproximação de Pólux, investida num corpo de carne? Sabemos que Pólux parte com deveres de suma importância, em função de coletividade; e tu te sentes preparada para neutralizar a poderosa lei da atração das almas? Não o digo no sentido de preocupações subalternas, mas ponderando a grandeza dos teus sentimentos afetivos, em relação à grandeza mais sublime das obrigações assumidas para com Deus. Terás ânimo para lhe ouvir no mundo os rogos amorosos, mantendo-o no seu posto, incólume e sobranceiro à solidão de si mesmo? Sem dúvida, a lei terrestre te encherá de desejos e te induzirá a considerar a possibilidade de proporcionar lhe filhos afetuosos, em obediência aos seus princípios naturais. Além disso, teus afetos de outras épocas, como, por exemplo, os que te foram pais amorosos, receberão a palma de lutas ásperas e agudas provações. A senda 
de quase todos os teus amigos está semeada de espinhos, que eles próprios plantaram no seu desapego à misericórdia do Todo-Poderoso. Sentes-te bastante forte para assumir tão grave compromisso? Conheço numerosos irmãos que, depois de pedirem missões arriscadas como esta, voltaram onerados de mil problemas a resolver, retardando assim preciosas aquisições.

Antênio contemplou-a tomado de nobre admiração e sentenciou: — Louvo os teus propósitos firmes e sei que tua poderosa confiança no Cristo é penhor sagrado de vitória; mas, devo ainda lembrar-te que a situação terrena dos que se propem ao serviço legítimo da virtude — ainda e sempre — é inçada de sofrimentos atrozes. Não desconheces que, nessas missões sublimes, a criatura disputa o direito de acompanhar o Mestre em seus passos 
divinos, O discípulo da verdade e do amor, no mundo, é alguma coisa de Jesus e de Deus, e a massa vulgar não lhe perdoa tal condição, sobrecarregando-o de pesados amargores, porque seus sentimentos não são análogos àqueles que a conduzem a incoerências e desatinos. Não poderá haver acordo entre a virtude e o pecado. E como o pecado ainda domina o mundo, a tarefa apostólica em seus trâmites será sempre um doloroso espetáculo de sacrifício para as almas comuns. Todos os que seguiram Jesus foram obrigados a identificar o destino com o sinal do martírio. Os que se não desprendem da Terra, crucificados nas dores públicas, retiram-se ao desamparo, esmagados pelos opróbrios humanos, caluniados, humilhados, encarcerados, feridos. 
Raros triunfaram conservando a serenidade e o amor imaculado, até ao fim!... 
Ponderaste semelhantes experiências em que tua alma peregrinará por algum 
tempo, retalhada de angústias!..

— Venturosa serás se puderes aceitar o sofrimento na Terra, dentro desse conceito — exclamou o mentor com grande tranqüilidade. — O homem comum, nos seus interesses mesquinhos, não considera a dor senão como resgate e pagamento, desconhecendo o gozo de padecer por cooperar sinceramente na edificação do Reino do Cristo.
— Jesus, que vê o meu coração, ensinar-me-áa transformar a tortura em cântico de graças e me auxiliará a esquecer as cogitações menos dignas, de que me possam cercar os espíritos vulgares, relativamente ao trabalho porfiado e difícil da redenção e do engrandecimento da vida.

domingo, 24 de outubro de 2021

AE DO CEFA - Período de 24 a 28 de outubro. Capítulo 17 – SEDE PERFEITOS - item 10 O Homem No Mundo

Baseado no Roteiro Sistematizado para estudo do ESE

 - Editora boanova


O homem no mundo - Flavia Contartesi


 Capítulo 17 – SEDE PERFEITOS

UM ESPÍRITO PROTETOR

Bordeaux, 1863

            10 – Um sentimento de piedade deve sempre animar o coração daqueles que se reúnem sob o olhar do Senhor, implorando a assistência dos Bons Espíritos. Purificai, portanto, os vossos corações.Não deixeis que pensamentos fúteis ou mundanos os perturbem. Elevai o  vosso espírito para aqueles a quem chamais, a fim de que eles possam, encontrando em vós as disposições favoráveis, lançar em profusão as sementes que devem germinar os vossos corações, para neles produzir os frutos da caridade e da justiça.

            Não penseis, porém, que aos vos exortar incessantemente à prece e à evocação mental, queiramos levar-vos a viver uma vida mística, que vos mantenha fora das leis da sociedade em que estais condenados a viver. Não. Vivei com os homens do vosso tempo, como devem viver os homens; sacrificai-vos às necessidades, e até mesmo às frivolidades de cada dia, mas fazei-o com um sentimento de pureza que as possa santificar.

            Fostes chamados ao contato de espíritos de naturezas diversas, de caracteres antagônicos: não melindreis a nenhum daqueles com quem vos encontrardes. Estai sempre alegres e contentes, mas com a alegria de uma boa consciência e a ventura do herdeiro do céu, que conta os dias que o aproximam de sua herança.

            A virtude não consiste numa aparência severa e lúgubre, ou em repelir os prazeres que a condição humana permite. Basta referir todos os vossos atos ao Criador, que vos deu a vida. Basta, ao começar ou acabar uma tarefa, que eleveis o pensamento ao Criador, pedindo-lhe, num impulso da alma, a sua proteção para executá-la ou a sua benção para a obra acabada. Ao fazer qualquer coisa, voltai vosso pensamento à fonte suprema; nada façais sem que a lembrança de Deus venta purificar e santificar os vossos atos.

            A perfeição, como disse o Cristo, encontra-se inteiramente na prática da caridade sem limites, pois os deveres da caridade abrangem todas as posições sociais, desde a mais íntima até a mais elevada. O homem que vivesse isolado não teria como exercer a caridade. Somente no contato com os semelhantes, nas lutas mais penosas, ele encontra a ocasião de praticá-la. Aquele que se isola, portanto, priva-se voluntariamente do mais poderoso meio de perfeição: só tendo de pensar em si, sua vida é a de um egoísta. (Ver cap. V. nº 26)

            Não imagineis, portanto, que para viver em constante comunicação conosco, para viver sob o olhar do Senhor, seja preciso entregar-se ao cilício e cobrir-se de cinzas. Não, não, ainda uma vez: não! Sede felizes no quadro das necessidades humanas, mas que na vossa felicidade não entre jamais um pensamento ou um ato que possa ofender a Deus, ou fazer que se vele a face dos que vos amam e vos dirigem.

Do livro da Esperança: mens. 52- Auxiliar. Esses textos que enviei são duas mensagens do livro estude e viva, do Chico Xavier e Waldo Vieira, pelos espíritos Emmanuel e André Luiz.

Auxiliar 

“Eis que o semeador saiu a semear JESUS - MATEUS, 13:3. “A perfeição está toda, como disse o Cristo, na prática da caridade absoluta; mas os deveres da caridade alcançam todas as posições sociais, desde o menor até o maior.” 

- Cap. 17, 10. 

Auxiliar, amparar, consolar, instruir!... Para isso, não aguardes o favor das circunstâncias. Jesus foi claro no ensinamento. o semeador da parábola não esperou chamado -’1 Largou simplesmente as conveniências de si mesmo e saiu para ajudar. O Mestre não se reporta à leiras adubadas ou a talhões escolhidos. Não menciona temperaturas ou climas. Não diz se o cultivador era proprietário ou rendeiro, se moço no impulso ou amadurecido na experiência, se detinha saúde ou se carregava o ônus da enfermidade. Destaca somente que ele partiu a semear. Por outro lado, Jesus não informa se o homem do campo recebeu qualquer recomendação acerca de pântanos ou desertos, pedreiras ou espinheirais que devesse evitar. Esclarece que o tarefeiro plantou sempre e que a penúria ou o insucesso do serviço foi problema do solo beneficiado e não dos braços que se propunham a enriquecê-lo. Saibamos, assim, esquecer-nos para servir. Não importa venhamos a esbarrar com respostas deficientes da gleba do espírito, às vezes desfigurada ou prejudicada pela urze da incompreensão ou pelo cascalho da ignorância. Idéia e trabalho, tempo e conhecimento, influência e dinheiro são possibilidades valiosas em nossas mãos. Todos podemos espalhá-las por sementes de amor e luz. O essencial, porém, será desfazer o apego excessivo às. nossas comodidades, aprendendo a sair.

Esses textos que enviei são duas mensagens do livro Estude e viva, do Chico Xavier e Waldo Vieira, pelos espíritos Emmanuel e André Luiz

EM TORNO DA REGRA ÁUREA

Quanto mais se adianta o progresso, mais intensamente se percebe que a vida é um condomínio.
Partilhamos, em regime de obrigatoriedade, o ar ambiente e a luz solar que nunca estiveram sob nosso controle. E, em nos referindo aos bens que retemos na Terra, quando na condição de Espíritos encarnados, à medida que solucionamos as grandes questões de interesse coletivo, quais as da justiça, da economia, do trabalho, da provisão ou moradia, mais impelidos nos reconhecemos a observar o direito dos outros.
Seja num edifício de apartamentos ou numa fila de compras, as nossas conveniências estão sujeitas à tranqüilidade dos vizinhos.
Numa oficina, quanto mais importante se mostre, a produção apenas surge no rendimento preciso se mantida na forma da música orquestral, atribuindo-se a cada instrumento a responsabilidade que lhe compete.
Civilização e cultura baseiam-se no espírito de equipe, com a interdependência de permeio.
Princípios idênticos prevalecem no reino da alma, convocando-nos o livre-arbítrio ao levantamento da segurança e da felicidade de todos aqueles que nos comungam a experiência.
Sem nenhuma pretensão de natureza política, a Doutrina Espírita funciona, atualmente, no campo religioso da Humanidade, por mecanismo providencial de alertamento, induzindo-nos ao concurso natural e espontâneo na edificação do bem comum.
Por séculos e séculos, conservamos no mundo ignorância e carência, guerra e criminalidade, em nome da Vontade de Deus; entretanto, o Espiritismo, restaurando a mensagem do Cristianismo, que veio estabelecer a fraternidade entre os homens, pergunta a cada um de nós se estaríamos realmente certos de viver sob a Vontade de Deus, se formássemos entre as vítimas da penúria e das trevas de espírito.

Usemos todas as nossas possibilidades, sejam elas recursos ou aptidões, na construção dos tempos novos.
Solidariedade e cooperação, entendimento e concórdia, amor a deslocar-se da teoria para erguer-se na vida prática.
A regra áureas, para complementar-se devidamente, não se restringe à estrutura negativa, “não faças a outrem aquilo que não desejas”, e sim exige plena observância da forma positiva em que se expressa: “é preciso fazer aos outros tudo aquilo que desejamos nos seja feito”.


ESNOBISMO

Um exotismo existe que ameaça as fileiras espíritas sem ser qualquer das excentricidades que aparecem no movimento doutrinário, à conta de extravagância marginal. Disparate talvez pior, porquanto, se nas atividades paralelas ao caminho real da idéia espírita somos impelidos a reconhecer muita gente caracteristicamente sincera nas intenções louváveis, nessa outra esquisitice vamos encontrar para logo a máscara de atitudes e maneiras, em desacordo com os princípios arejados da Nova Revelação.
Reportamo-nos ao esnobismo que comparece, muita vez, em nossas formações, qual praga enquistada em plantação valiosa.
Companheiros que se deixam vencer por semelhante prejuízo fornecem em pouco tempo os sinais que lhe são conseqüentes.
Continuam espíritas e afirmam-se espíritas, mas começam afetando possuir orientação de natureza superior, passando a excessiva admiração pelas novidades em voga. E, desprevenidamente, sem maior atenção pelos ensinos da Doutrina que abraçam, cristalizam despropósitos no modo de ser.
Habitualmente, apaixonam-se por exterioridades sociais e escolhem classe determinada para freqüentar. Isolam-se em grupo segregacionista, conquanto se supunham representantes da mais alta ortodoxia em matéria de opinião.
Acreditam muito mais em títulos transitórios do academicismo e em facilidades econômicas do que no valor substancial das pessoas.
Estimam espetáculos acima do serviço, e evidenciam apreço além do que é justo aos medalhões do mundo, à medida que se fazem mais distantes e envergonhados de quaisquer relações com os humildes.
Estão sempre dispostos a ordenar no trabalho em assuntos de organização, horário, local e condições, sem permitir que o trabalho os comande nas disposições e disciplinas com que foi estabelecido.
Nas obras de beneficência, tratam irmãos em penúria como se fossem párias sociais, ao passo que se inclinam reverentes perante qualquer figura de relevo mundano de mérito duvidoso.

Nós, os espíritas desencarnados e encarnados, devemos estar de sentinela contra semelhante absurdo.
O esnobismo - repitamos - é parasito destruidor da árvore de nossos princípios e realizações.
Vigiemo-nos. Imitemos o lavrador correto que zela pela própria lavoura, e, se o esnobismo surge, sorrateiro, em nossas atividades, procuremos de imediato, dar o fora com ele.


sexta-feira, 22 de outubro de 2021

CURSO DE APERFEIÇOAMENTO PARA REALIZAÇÃO DO EVANGELHO- AULA 1 -


CURSO DE APERFEIÇOAMENTO PARA O EVANGELHO
Sábado, 23 de outubro · 7:15 até 8:00pm
Link da videochamada: https://meet.google.com/dxr-kthb-smp 

Esse curso é para dar apoio a realização do Evangelho das 20h do Grupo de Preces e Vibrações, que é realizado aos sábados, como também para dar apoio ao evangelho das 22h do CEFA.


A prece - Artur Valadares






Aos sábados a cada 15 dias.
dia 23/10/21 - A prece
19h 30m






Mecanismos de ação da prece

A prece é uma prática que está inserida na maioria das religiões do mundo. Nos mais variados segmentos do Cristianismo a prece é elemento essencial, e essa essencialidade da prece se deve à posição do próprio Mestre Jesus, quando se manifestou sobre as formas ideais de orar, conforme consta em Mateus 6: 5 a 8 e Marcos 11: 25 e 26.

Mas não são apenas os cristãos que oram. Mesmo sendo uma religião não-teísta, os budistas oram. Os judeus oram nas Sinagogas. Os hinduístas realizam suas preces ao Deus de sua devoção. Ao orarem, os islâmicos curvam-se no chão, voltados para Meca. O xintoísta realiza suas preces.

É óbvio que a forma de orar se altera de religião para religião. Uns oram em pé, outros prostrados, alguns ajoelhados…. Há os que fazem suas preces na frente de um altar, de um objeto de adoração, de uma imagem, de uma vela…

Como se pode confirmar, independentemente da cultura, da região, do tempo, a prece está inserida como prática imprescindível em quase todas as religiões do mundo. Isso se deve, certamente, à necessidade de se ligar à Divindade, de abstrair-se do mundo material no qual se está inserido, de procurar a porção divina em si próprio, de buscar socorro, amparo, orientação…

Para nós, espíritas, a prece está identificada como recurso eficaz e fundamental no desenvolvimento espiritual. Essa condição pode ser observada desde a primeira versão (1857) de O livro dos espíritos. No capítulo

2 – Lei de Adoração, à questão 312, Kardec questiona: A prece é agradável a Deus?, ao que os Espíritos respondem: “Sim, quando parte de um coração sincero, pois, para Ele, a intenção é tudo, e a prece do coração é preferível à que podes ler, por mais bela que seja.” (KARDEC, 2013). Já na edição revisada e ampliada (1860), Kardec retoma o tema. Acompanhemos a resposta à questão 658, da segunda edição de O livro dos espíritos:

“A prece é sempre agradável a Deus, quando ditada pelo coração, pois, para Ele, a intenção é tudo. Assim, preferível lhe é a prece do íntimo à prece lida, por muito bela que seja, se for lida mais com os lábios do que com o coração. Agrada- lhe a prece, quando dita com fé, com fervor e sinceridade. Não creias, porém, que toque a Deus a prece do homem fútil, orgulhoso e egoísta, a menos que signifique, de sua parte, um ato de sincero arrependimento e de verdadeira humildade.” (KARDEC, 2016).

Mesmo considerando as colocações dos Espíritos acerca da utilidade da prece, e ainda que Kardec tenha separado dois Ca pa Setembro de 2017 | Reformador 5 516 capítulos inteiros de O evangelho segundo o espiritismo para tratar da oração – capítulo 27 – Pedi e obtereis, e capítulo 28 – Coletânea de preces espíritas – é possível encontrar aqueles que questionam as súplicas, os pedidos, as rogativas, que são o objeto central da grande maioria das preces. Acreditam eles que Deus conhece todas as nossas necessidades e, portanto, seria inútil pedir.

No item 6, do capítulo citado, os Espíritos da Codificação esclarecem sobre essa questão, dizendo que, embora o Criador conheça, de fato, todas as nossas necessidades:

[…] Possível é, portanto, que Deus aceda a certos pedidos, sem perturbar a imutabilidade das leis que regem o conjunto, subordinada sempre essa anuência à sua vontade. (KARDEC, 2015).

Observa-se, então, que, em matéria de atendimento das necessidades humanas, o futuro não está previamente definido e, mesmo Deus sabendo do que realmente necessitamos, há a possibilidade de que Ele atenda uma rogativa, aquiescendo a um desejo formulado em uma prece, desde que legítimo.

De fato, a prece traz grandes benefícios para aquele que crê…

Contudo, alguns mecanismos e benefícios advindos da oração não são bem conhecidos pela maioria. Torna-se, pois, oportuno refletir sobre o tema.

Sabemos, como nos esclarece Emmanuel, no livro Pensamento e vida, “[…] que todos vivemos em regime de comunhão, segundo os princípios da afinidade”, capítulo 8 – Associação (XAVIER, 2016). Assim, estamos cercados por Espíritos que comungam pensamentos semelhantes aos nossos e vibram em plena sintonia conosco. Consequentemente, a prece pode ser valioso recurso para que o Espírito sintonize com almas em faixa mais elevada.

É claro que a prece, por si só, não é capaz de nos conduzir rumo a essas almas compromissadas com o Bem Maior. Para atingir esse propósito, faz-se necessário pensar no bem, trabalhar no bem e, sobretudo, lapidar nossos sentimentos em busca do bem. Ainda assim, a prece é valioso auxiliar para aquele que busca um novo padrão de Vida Espiritual.

Sabe-se, conforme a resposta à questão 659, de O livro dos espíritos (KARDEC, 2016), que quando oramos, propomo-nos a louvar, pedir, agradecer. Porém, de forma geral, as preces que estão sendo feitas agora mesmo, mundo afora, pelos adeptos das mais diversas religiões, compõem-se de muitos pedidos, alguns poucos agradecimentos e raras glorificações a Deus. Essa prática, a de muito pedir, é inversamente proporcional à nossa elevação espiritual. Assim, muito pedimos porque pouco temos a oferecer…

Sabedores dessa nossa condição de pedintes reincidentes, os Espíritos elevados nos ensinam a qualificar nossas súplicas. Segundo eles, quando em prece, o que devemos pedir é a coragem para enfrentar os desafios que surgem, a paciência para buscar as soluções mais adequadas e a resignação para convivermos com os desafios que fomos incapazes de superar.

Por tudo isso, é conveniente conhecer um pouco mais acerca dos mecanismos de ação da prece e algumas das qualidades que elas devem ter para que se possa alcançar resultados mais efetivos.

Fundamentalmente, devemos considerar que nossas preces necessitam possuir sintonia com propósitos elevados. Parece estranha essa afirmativa? Entretanto, não o é! Muitas vezes, em nossas orações, rogamos alcançar um objetivo, uma posição, um lugar que, para ser conquistado, resultará em prejuízo para outrem. Nesse sentido, é oportuno lembrar algumas das orientações do
filósofo da Antiguidade – o grego Sócrates, sobre essa questão:

[…] De tantas opiniões diversas, a única que permanece inabalável é a de que mais vale receber do que cometer uma injustiça e que, acima de tudo, devemos cuidar, não de parecer, mas de ser homem de bem. (Colóquios de Sócrates com seus discípulos, na prisão) (KARDEC, 2015,  Introdução, Resumo da doutrina de Sócrates e de Platão, it. X).

Continuemos nossas reflexões…

Para que nossas preces alcancem seus objetivos, são dispensáveis quaisquer ritos, imagens, fórmulas ou palavras específicas. Lembremo-nos: o Espiritismo nos orienta a simplificar nossa relação com os desencarnados e com Deus, esclarecendo que a prece depende muito mais do merecimento e da fé, do que do uso ou não de práticas exteriores. Apesar disto, devemos permanecer atentos ao indispensável respeito às crenças individuais e coletivas. E, para tanto, lembremo-nos de que, mesmo que rejeitemos ritos e cerimônias, essa rejeição não significa que quem as utiliza não mereça ter seus pedidos atendidos. Dizem-nos os amigos espirituais que aquele que ora deverá ter merecimento, para que suas súplicas sejam atendidas. Ou seja, orar,por si só, não é suficiente, é imperioso merecer o que se deseja. E mais, merecimento tem relação direta com os esforços que fazemos para melhorar nossos sentimentos, pensamentos e ações. Afinal:

[…] Reconhece-se o verdadeiro espírita pela sua transformação moral e pelos esforços que emprega para domar suas inclinações más. […] (KARDEC, 2015, cap. 17 – Sede perfeitos, it. 4).

Porém, não podemos esquecer que a prece não nos desobriga de passar por experiências consideradas fundamentais para nossa evolução espiritual. Mas, ainda que tenhamos de superar desafios evolutivos inadiáveis, a oração pode fortalecer-nos, preparando-nos para melhor enfrentar e aproveitar tais provações.

Definitivamente, não existe um lugar ou momento específico para realizarmos nossas orações. Não é imprescindível que estejamos na Casa Espírita, ou realizando um Culto do Evangelho no Lar, ou em um refúgio agradável e silencioso. É fundamental sim, que busquemos a sintonia com Espíritos mais esclarecidos, esforçando- nos para alcançar estados superiores da alma, comprometidos
com o silêncio interior, imbuídos da fé e da esperança. Assim sendo, poderemos estar na rua, em um estádio de futebol, transitando na multidão, em nosso local de trabalho; o resultado da prece dependerá, principalmente, do que existe dentro de nós mesmos.

Por fim, lembremo-nos de que não basta orar, é fundamental agir em benefício do outro. Essa ação nos fortalece e granjeia simpatias valiosas que poderão ser importantes nos momentos em que nossas fraquezas se agigantem diante de provações maiores. Como nos esclarecem os companheiros espirituais: nossa ação corresponderá a uma reação, e esta será tão benéfica, quanto benéfico foi nosso ato.

Esses são apenas alguns dos mecanismos que devem ser considerados para que a prece alcance o objetivo esperado. Certamente existem outros que também devem ser ponderados. No entanto, é importante recordar as orientações contidas na mensagem de Jesus, em especial quando o Mestre nos adverte:

Quando vos aprestardes para orar, se tiverdes qualquer coisa contra alguém, perdoai-lhe, a fim de que vosso Pai, que está nos céus, também vos perdoe os vossos pecados. Se não perdoardes, vosso Pai, que está nos céus, também não vos perdoará os pecados. (Marcos, 11:25 e 26); (KARDEC, 2015, cap. 27 – Pedi e obtereis, it. 2).

REFERÊNCIAS:
KARDEC, Allan. O livro dos espíritos – Edição histórica bilíngue – 1857. Trad. Evandro Noleto Bezerra. 1. ed. Brasília: FEB, 2013.
____. O evangelho segundo o espiritismo. Trad. Guillon Ribeiro. 131. ed. 6. imp. (Edição Histórica). Brasília: FEB, 2015.
____. O livro dos espíritos. Trad. Guillon Ribeiro. 93. ed. 2. imp. (Edição Histórica). Brasília: FEB, 2016.
XAVIER, Francisco C. Pensamento e vida. Pelo Espírito Emmanuel. 19. ed. 4. imp. Brasília: FEB, 2016.


A PRECE - QUALIDADE -

Quando vc  clica em cima é direcionado para o texto original.

Dica de estudo

No KARDECPlay você pode aprofundar os estudos sobre a Prece com as videoaulas “Volume 85 – A Prece | parte 1”, “Volume 86 – A Prece | parte 2” e também com a videoaula “A Eficácia da Prece”.


TREINAMENTO REUNIÃO MEDIÚNICA 5 com Alberto Almeida

 TREINAMENTO REUNIÃO MEDIÚNICA 5 com Alberto Almeida




quinta-feira, 21 de outubro de 2021

TREINAMENTO REUNIÃO MEDIÚNICA 4 com Alberto Almeida

 TREINAMENTO REUNIÃO MEDIÚNICA 4 com Alberto Almeida




TREINAMENTO REUNIÃO MEDIÚNICA 3 com Alberto Almeida

TREINAMENTO REUNIÃO MEDIÚNICA 3 com Alberto Almeida








 

terça-feira, 19 de outubro de 2021

CAPÍTULO XXVII: PEDI E OBTEREIS ITENS 9 a11: AÇÃO DA PRECE. TRANSMISSÃO DO PENSAMENTO



https://youtu.be/IZvgQtnUf-8?t=90


AÇÃO DA PRECE. TRANSMISSÃO DO PENSAMENTO 1

218-O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO- ALLAN KARDEC



CAPÍTULO XXVII:  PEDI E OBTEREIS

ITENS 9 a11: AÇÃO DA PRECE. TRANSMISSÃO DO PENSAMENTO

 

A prece é uma invocação: por ela nos pomos em relação com o ser a que nos dirigimos. Ela pode ter por objeto um pedido, um agradecimento ou um louvor. Podemos orar por nós mesmos, ou pelos outros, pelos vivos ou pelos mortos. As preces dirigidas a Deus são ouvidas pelos Espíritos encarregados da execução dos seus desígnios; as que são dirigidas aos Bons Espíritos vão também para Deus. Quando oramos para outros seres, e não para Deus, aqueles nos servem apenas de intermediários, de intercessores, porque nada pode ser feito sem a vontade de Deus.”

 

Assim, inicia Allan Kardec suas explicações sobre a ação da prece, definindo-a como uma conversa que se entabula com o ser a quem se dirige, na qual quem ora, expressa o que sente no momento, e se abre, se expõe, porque confia nesse recurso sublime percebido pelo homem desde o início do seu desenvolvimento espiritual, variando a maneira do seu uso.

Todo o universo se origina do fluido cósmico universal, a matéria elementar primitiva, que vem de Deus, através do qual o pensamento se expande, porque esse fluido se constitui no seu veículo, assim como o ar é o veículo do som. Ao contrário, porém, das vibrações sonoras que são circunscritas em um determinado espaço, as vibrações “do fluido universal se ampliam ao infinito.” (1)

Assim, todo pensamento que se dirige a alguém, de encarnado para encarnado, de desencarnado para desencarnado, de encarnado para desencarnado e vice-versa, forma uma corrente fluídica, entre o que emite o pensamento e a quem ele se dirige.

Evidentemente, que a força dessa corrente fluídica se equivale à energia do pensamento e da vontade de quem pensa.

É assim que a prece é ouvida pelos Espíritos onde quer que eles se encontrem; é assim que os Espíritos se comunicam entre si, que nos transmitem as suas inspirações, e as relações que se estabelecem à distância entre os próprios encarnados.”

 

Na questão 495 de O Livro dos Espíritos, no último parágrafo da resposta de São Luís e Santo Agostinho, lemos: “São essas comunicações de cada homem com o seu Espírito familiar que fazem médiuns todos os homens, médiuns hoje ignorados, mas que mais tarde se manifestarão, derramando-se como um oceano sem bordas para fazer  refluir a incredulidade e a ignorância

É através da mediunidade generalizada, que todos possuem, em desenvolvimento, que todos se comunicam espiritualmente, entre si.

É por isso que a morte não separa os que se amam, visto estarem unidos pelas vibrações dos pensamentos amorosos. O mesmo pode acontecer entre os que se odeiam.

A diferença está nas sensações agradáveis de quem pensa e recebe com amor, e nas sensações desagradáveis de quem pensa e recebe com sentimento negativo.

Assim, a prece pode ter ação direta e positiva, quando sai do íntimo do ser, com confiança, com humildade, chegando até o ser a quem se dirige, recebendo a resposta segundo a sua necessidade espiritual, sob a vontade de Deus, que quer o melhor para seus filhos.

Desse modo, a resposta ao pedido de algo que ainda não pode receber, virá no fortalecimento das suas energias para vencer a situação difícil, no estímulo a perseverar na resignação ativa, no cumprimento dos seus deveres.

A prece atrai os bons Espíritos, que auxiliam, sempre, inspirando boas ideias, estimulando o esforço de correção de erros, ou o esforço de afastar-se do mal, resistindo às tentações internas, enfim o socorro sempre virá.

No estágio evolutivo em que vivemos, o recuso da prece se constitui em uma vacina contra nossas tentações internas de acomodação, de conformação aos valores terrenos, ao mesmo tempo, que se constitui no remédio para as nossas fraquezas morais, estimulando-nos ao esforço contínuo de renovação interior, expressando-se para o exterior. 

A prece é a expressão mais alta do pensamento e da vontade. É neste sentido que Allan Kardec a recomendava aos seus discípulos.” (2)

 

1 - Para melhor entendimento, ver A Gênese, de Allan Kardec, cap. XIV: Os Fluidos.

  2 – Leon Denis, citado no livro “Leon Denis na Intimidade” de Claire Baumard, pág 228 ed. O Clarim, 1ª ed.

 

Leda de Almeida Rezende Ebner – Julho/ 2019

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Ação da prece – Transmissão do pensamento




"A energia da corrente da prece está na razão direta da energia do pensamento e da vontade", enfatiza o Codificador

De acordo com o ensinamento dos Espíritos a Allan Kardec, a prece é uma invocação e por ela estabelecemos uma relação mental com o ser a que nos dirigimos.

Para entendermos a ação da prece, devemos ter em mente o seguinte

- A prece pode ter por objetivo um pedido, um agradecimento ou um louvor.

- Podemos orar por nós mesmos ou pelos outros, pelos vivos ou pelos mortos.

- As preces dirigidas a Deus são ouvidas pelos Espíritos encarregados da execução de seus desígnios – as que são dirigidas aos Bons Espíritos vão também para Deus.

- Quando oramos para outros seres, e não para Deus, aqueles nos servem apenas de intermediários, de intercessores, porque nada pode ser feito sem a vontade de Deus.

Prece e transmissão do pensamento

O Codificador lembra que o Espiritismo vem para fazer compreender a ação da prece, ao explicar a forma de transmissão do pensamento, seja quando o ser a quem oramos atende o nosso apelo, seja quando o nosso pensamento eleva-se a ele.

De forma clara e simples, explica Allan Kardec que, "durante o momento da prece, é necessário imaginar todos os seres, encarnados e desencarnados, mergulhados no fluido universal (ou energia cósmica) que preenche o espaço, assim como na terra estamos envolvidos pela atmosfera. Esse fluido é impulsionado pela vontade, pois é o veículo do pensamento, como o ar é o veículo do som, com a diferença de que as vibrações do ar são circunscritas, enquanto as do fluido universal se ampliam ao infinito. Assim, quando o pensamento se dirige para algum ser, na terra ou no espaço, de encarnado para desencarnado, ou vice-versa, uma corrente fluídica se estabelece de um a outro, transmitindo o pensamento, como o ar transmite o som".

Energia da corrente da prece é proporcional à energia do pensamento e da vontade

"A energia da corrente da prece está na razão direta da energia do pensamento e da vontade", enfatiza o Codificador. "É assim que a prece é ouvida pelos Espíritos, onde quer que eles se encontrem, assim que os Espíritos se comunicam entre si, que nos transmitem as suas inspirações, e que as relações se estabelecem à distância entre os próprios encarnados".

Esta explicação se dirige sobretudo aos que não compreendem a utilidade da prece puramente mística. Não tem por fim materializar a prece, mas tornar compreensíveis os seus efeitos, ao mostrar que la pode exercer ação direta e positiva.

É importante lembrar que toda prece não está menos sujeita à vontade de Deus, juiz supremo em todas as coisas e único que pode dar eficácia à sua ação.

sexta-feira, 15 de outubro de 2021

TREINAMENTO REUNIÃO MEDIÚNICA 2 - com Alberto Almeida

TREINAMENTO REUNIÃO MEDIÚNICA - 2

Com Alberto Almeida.

De 1h 20m até 2h 21m de um total de  8h 44m.



Link do vídeo

 

TREINAMENTO REUNIÃO MEDIÚNICA - 1. ALBERTO ALMEIDA

 TREINAMENTO REUNIÃO MEDIÚNICA - 1

Com Alberto Almeida.

De Início até 1h 20m de um total de  8h 44m.

 


Esta obra é citada na palestra.

Livro Diálogo com as Sombras.


Diálogo com as Sombras


terça-feira, 12 de outubro de 2021

AE DO CEFA - Período de 19 a 21 de outubro. ESE Capítulo 17 – SEDE PERFEITOS/ item 9 III – Superiores e Inferiores

  Baseado no Roteiro Sistematizado para estudo do ESE

 - Editora boanova

Federação Espírita do Acre

Palestra Pública: Federação Espírita do Acre Palestra Pública: Os superiores e os inferiores. Sexta-feira - 24/09 Palestrante: Simone Cordeiro

ESE  Capítulo 17 – SEDE PERFEITOS

FRANÇOIS-NICOLAS-MADELEINE

Cardeal Morlot, Paris, 1863

            9 – A autoridade, da mesma maneira que a fortuna, é uma delegação, de que se pedirá contas a quem dela foi investido. Não creias que ela seja dada satisfazer ao fútil prazer do mando, nem tampouco, segundo pensa falsamente a maioria dos poderosos da terra, como um direito ou uma propriedade. Deus, aliás, tem demonstrado suficientemente que ela não é nem uma, nem outra coisa, desde que a retira quando bem lhe apraz. Se fosse um privilégio inerente à pessoa que a exerce, seria inalienável. Ninguém pode dizer, entretanto, que uma coisa lhe pertence, quando pode ser tirada sem o seu consentimento. Deus concede autoridade a título de missão ou de prova, conforme lhe convém, e da mesma forma a retira.

            O depositário da autoridade, de qualquer extensão que esta seja, desde a do senhor sobre o escravo até a do soberano sobre o povo, não deve esquivar-se à responsabilidade de um encarregado de almas, pois responderá pela boa ou má orientação que der aos seus subordinados, e as faltas que estes puderem cometer, os vícios a que forem arrastados em conseqüência dessa orientação ou dos maus exemplos recebidos, recairão sobre ele. Da mesma maneira, colherá os frutos de sua solicitude, por conduzi-los ao bem. Todo homem tem, sobre a Terra, uma pequena ou uma grande missão. Qualquer que ela seja, sempre lhe é dada para o bem. Desviá-la, pois, do seu sentido, é fracassar no seu cumprimento.

            Se Deus pergunta ao rico: Que fizeste da fortuna que devia ser em tuas mãos uma fonte espalhando a fecundidade em seu redor? Também perguntará ao que possui alguma autoridade: Que uso fizeste dessa autoridade? Que males impediste? Que progressos impulsionaste? Se te dei subordinados, não foi para torná-los escravos da tua vontade, nem dóceis instrumentos dos teus caprichos e da tua cupidez; se te fiz forte e te confiei os fracos, foi para que os amparasses e os ajudasses a subir até mim.

            O superior que guardou as palavras do Cristo, não despreza a nenhum dos seus subordinados, porque sabe que as distinções sociais não subsistem diante de Deus. O Espiritismo lhe ensina que, se eles hoje o obedecem, na verdade já podem tê-lo dirigido, ou poderão dirigi-lo mais tarde, e que então será tratado como por sua vez os tratou.

            Se o superior tem deveres a cumprir, o inferior também os tem de sua parte, e não são menos sagrados. Se também este é espírita, sua consciência lhe dirá, ainda mais fortemente, que não está dispensado de cumpri-los, mesmo que o seu chefe não cumpra os dele, porque sabe que não deve pagar o mal com o mal, e que as faltas de uns não autorizam as de outros. Se sofre na sua posição, dirá que sem dúvida o mereceu, porque ele mesmo talvez tenha abusado outrora de sua autoridade, devendo agora sentir os inconvenientes do que fez os outros sofrerem. Se for obrigado a suportar essas posições, na falta de outra melhor, o Espiritismo lhe ensina a resignar-se a isso, como a uma prova a sua humildade, necessária ao seu adiantamento. Sua crença o guia na sua conduta: ele age como desejaria que os seus subordinados agissem com ele, caso fosse o chefe. Por isso mesmo é mais escrupuloso no cumprimento das obrigações, pois compreende que toda negligência no trabalho que lhe foi confiado será um prejuízo para aquele que o remunera, e a quem deve o seu tempo e os seus cuidados. Numa palavra, ele é guiado pelo sentimento do dever que a sua fé lhe infunde, e a certeza de que todo desvio do caminho reto será uma dívida, que terá de pagar mais cedo ou mais tarde.



ESTUDE E VIVA

FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER E  WALDO  VIEIRA PELOS  

ESPÍRITOS EMMANUEL E  ANDRÉ  LUIZ 

TROCA   INCESSANTE     

Todos  estamos  situados  em  extenso  parque  de  oportunidades  para  trabalho, renovação,  desenvolvimento  e  melhoria.  Dentre  aquelas  que  segues  no  encalço,  como sendo  as  que  te  respondem  às  melhores  aspirações,  detém,  quanto  possível,  a oportunidade de auxiliar.     Tempo é  comparável a solo. Serviço é  plantação.     Ninguém  vive  deserdado  da  participação  nas  boas  obras,  de  vez  que  todos  nós retemos  sobras  de  valores  específicos  da  existência.  Não  somente  disponibilidades  de recursos  materiais, mas  também  de tempo, conhecimento,  amizade, influência.     Não  percas  por omissão. “Colherás  o que semeias”,  velha verdade  sempre  nova.     Em  todos  os  lugares, há  quem  te espere a cooperação.  Aparentemente  aqueles  que te  recorrem  aos  préstimos  contam  apenas  com  o  apoio  necessário,  seja  um  gesto  de amparo  substancial,  uma  nota  de  solidariedade,  uma  palavra  de  bom  ânimo  ou  um  aviso oportuno.  Entretanto,  não  é  só  isso.  A  vida  é  troca  incessante.  Aqueles  a  quem  proteges ser-te-ão  protetores.     Socorres  o  pequenino  desfalecente;  é  possível  que  seja  ele,  mais  tarde,  o  amigo prestimoso  que  te  guarda  a  cabeceira  no  dia  da  enfermidade.  O  transeunte  anônimo  a quem  prestas  humilde favor pode ser  em  breve  o  elemento  importante  de  que  dependerás na  solução de um  problema.     O poder  do  amor,  porém,  se  projeta  mais  longe.  Doentes  que  sustentastes,  nas fronteiras  da           morte,  formarão  entre  os  amigos  que  te  assistem  do  Plano  Espiritual. E ainda  mesmo  o  auxílio  desinteressado  que  levaste  a  corações  empedernidos  na delinqüência,  quando  não  consigas  tocá-los  de  pronto,  te  granjeará  a  colaboração  dos benfeitores  que os  amam, conquanto ignorados  e  desconhecidos.     Todos  nós, os  espíritos  em  evolução no  educandário do mundo, nos assemelhamos a  viajores  demandando  eminências  que  nos  conduzam  à  definitiva  sublimação.  Ninguém na  terra  efetua  viagem  longa  sem  o  auxílio  de  pontes,  desde  o  viaduto  imponente  à pinguela simples, para a travessia de barrancos, depressões, vales e abismos. Por mais regular que se mostre a jornada, chega sempre o instante em que precisamos de alguém para transpor obstáculos ou perigo.           Construamos pontes de simpatia com o material da bondade.           Hoje alguém surge, diante de nós, suplicando apoio. Amanhã, diante de alguém, surgiremos nós.  

terça-feira, 5 de outubro de 2021

Orientação Fraterna do CEFA. Dias e horários.

 Orientação Fraterna do CEFA.


Para iniciar a Orientação Fraterna use o link disponível na bio, que dará acesso a uma sala para encaminhamento a(o) Orientador(a) Fraterno. 

Você  também pode digitar no seu navegador: 

         

https://meet.jit.si/CEFAOrientaçãoFraterna


A sala só estará aberta nos seguintes dias e horários:


Terças: de 16h às 20h30min


Quartas: de 18h30min às  20h30min


Quintas: de 18h30min às 20h30min


Domingos: de 15h às 17h

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Para ter acesso à sala, você precisará baixar o aplicativo Jitsi Meet.

domingo, 3 de outubro de 2021

AE DO CEFA - Período de 10 a 14 de outubro. ESE Capítulo 17 – SEDE PERFEITOS/ ITEM 8 - A VIRTUDE

 Baseado no Roteiro Sistematizado para estudo do ESE

 - Editora boanova


Humildade - Artur Valadares

 ESE  Capítulo 17 – SEDE PERFEITOS

FRANÇOIS-NICOLAS-MADELEINE

Paris, 1863

            8 – A virtude, no seu grau mais elevado, abrange o conjunto de todas as qualidades essenciais que constituem o homem de bem. Ser bom, caridoso, trabalhador, sóbrio, modesto, são as qualidades do homem virtuoso. Infelizmente, são quase sempre acompanhadas de pequenas falhas morais, que as deslustram e enfraquecem. Aquele que faz alarde de sua virtude não é virtuoso, pois lhe falta a principal qualidade: a modéstia, e sobra-lhe o vício mais oposto: o orgulho.  A virtude realmente digna desse nome não gosta de exibir-se. Temos de adivinhá-la, mas ela se esconde na sombra, foge à admiração das multidões. São Vicente de Paulo era virtuoso. O digno Cura de Ars era virtuoso. E assim muitos outros, pouco conhecidos do mundo, mas conhecidos de Deus. Todos esses homens de bem ignoravam que eram virtuosos. Deixavam-se levar pela corrente das suas santas inspirações, e praticavam o bem com absoluto desinteresse  completo esquecimento de si mesmos.

            É para essa virtude, assim compreendida e praticada, que eu vos convido, meus filhos. Para essa virtude realmente cristã e verdadeiramente espírita, que eu vos convido a consagrar-vos. Mas afastai de vossos corações o sentimento do orgulho, da vaidade, do amor próprio, que deslustram sempre as mais belas qualidades. Não imiteis esse homem que se apresenta como modelo e se gaba das próprias qualidades, para todos os ouvidos tolerantes. Essa virtude de ostentação esconde, quase sempre, uma infinidade de pequenas torpezas e odiosas fraquezas.

            O homem que se exalta a si mesmo, que eleva estátuas à sua própria virtude, em princípio aniquila, por essa única razão, todos os méritos que efetivamente podia ter. E que direi daquele cujo valor se reduz a parecer o que não é? Compreendo perfeitamente que aquele que faz o bem sente uma satisfação íntima, no fundo do coração. Mas desde o momento em que essa satisfação se exterioriza, para provocar elogios, degenera em amor- próprio.

            Oh, vós todos, a quem a fé espírita reanimou os seus raios, e que sabeis quanto o homem se encontra longe da perfeição, jamais vos entregueis a essa estultícia! A virtude é uma graça, que desejo para todos os espíritas sinceros, mas com esta advertência: Mais vale menos virtude na modéstia, do que muitas no orgulho. Foi pelo orgulho que as humanidades se perderam sucessivamente. É pela humildade que elas um dia deverão redimir-se.


Bíblia do Caminho  Testamento Xavieriano

Livro da esperança — Emmanuel


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Na construção da virtude

“Bem-aventurados os que sofrem perseguição por amor à justiça, porque deles é o Reino dos Céus.” — JESUS (Mateus, 5.10)


“A virtude, no mais alto grau, é o conjunto de todas as qualidades essenciais que constituem o homem de bem. Ser bom, caritativo, laborioso, sóbrio, modesto, são qualidades do homem virtuoso.” — Cap. XVII, 8


1 Toleras descabidas injúrias e calas a justificação que te pende da boca, esperando, a preço de lágrimas, que o tempo te mostre a isenção de culpa, no entanto, com isso, promoves o reconhecimento e a renovação dos teus próprios perseguidores.

2 Podes apropriar-te da felicidade alheia, através de pleno domínio no lar de outrem, à custa do infortúnio de alguém, e, embora padecendo agoniada fome de afeto, ensinas a prática do dever a quem te pede convivência e carinho, todavia, com semelhante procedimento, acendes na própria alma a chama do amor puro com que, um dia, aquecerás os entes queridos, nos planos da vida eterna.

3 Tens razão de sobejo para falar a reprimenda esmagadora aos irmãos caídos em erro, pela ascendência moral que já conquistaste, e pronuncias a frase de estímulo e indulgência, muitas vezes sob a crítica dos que te não compreendem os gestos, mas consegues, assim, reerguer o ânimo dos companheiros desanimados, recuperando-lhes as energias para o levantamento das boas obras.

4 Guardas o direito de repousar, pelo merecimento obtido em longas tarefas nobremente cumpridas, e prossegues em atividade laboriosa, no progresso e na paz de todos, quase sempre com o desgaste acelerado das próprias forças, entretanto, nesse abençoado serviço extra, lanças o seguro alicerce dos apostolados santificantes que te clarearão o grande futuro.

5 Sob o assalto da calúnia, ora em favor dos que te ferem.

6 Quando vantagens humanas te sorriam com prejuízo dos outros, prefere o sacrifício das mais belas aspirações.

7 Com autoridade suficiente para a censura, semeia a benevolência onde estiveres.

8 Retendo a possibilidade do descanso, abraça o maior esforço e trabalha sempre.

9 Quem suporta serenamente o mal que atraiu para si mesmo, trilha a estrada bendita da resignação, contudo quem pratica o bem quando pode fazer o mal vive por antecipação no iluminado país da virtude.


Emmanuel


Citação parcial para estudo, de acordo com o artigo 46, item III, da Lei de Direitos Autorais.


Bíblia do Caminho  Testamento Xavieriano

Segue-me — Emmanuel


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O servo do Senhor

“Eles não são do mundo como também eu não sou.” — JESUS (João, 17.16)


1 O servo do Senhor é claramente conhecido na seara ativa do Senhor, mas se aspiramos a caracterizá-lo no mundo é fácil reconhecer-lhe a presença em seus traços essenciais:

   2 vive no mundo sem agarrar-se ao mundo;

   3 age sem apego;

   4 ilumina sem alarde;

   5 convence trabalhando;

   6 atravessa o tumulto construindo em silêncio;

   7 injuriado, esquece;

   8 advertido, aproveita;

   9 considera o passado apontando o futuro;

   10 renova sem crítica;

   11 perdoa sem jactância;

   12 sofre sem queixa;

   13 carrega fardos pesados sem pretensão de virtude;

   14 socorre espontaneamente;

   15 fala, edificando;

   16 eleva-se, elevando os outros;

   17 colabora, olvidando a si mesmo, em louvor do interesse geral;

   18 espera, fazendo o melhor que pode;

   19 corrige, abençoando;

   20 educa, amparando sempre.


21 Em suma, quem se dedica ao Senhor entrega-se-lhe ao bendito poder como é, onde está, com o que tem, e com quem convive e persevera na execução incessante da obra do Senhor, sem perguntar como, onde, quanto ou com quem deve trabalhar para realmente servir.


Emmanuel



(Reformador, maio 1969, p. 98)


Citação parcial para estudo, de acordo com o artigo 46, item III, da Lei de Direitos Autorais.